Por mais de 25 anos, o jornalista e autor Miguel Bispo dos Santos dedica-se a pesquisas sobre os diferentes gêneros musicais e seus efeitos na mente humana, realizando palestras por todo o Brasil. Seu testemunho tem alcançado a confiança de comunidades que se preocupam com a influência da música sobre a mente e o comportamento de menores, principalmente. A entrevista a seguir foi publicada no site Criacionismo.
Miguel Bispo dos Santos sempre esteve muito envolvido com a música secular, especialmente do tipo rock. Vivia longe de Deus e buscava simplesmente a fama e o dinheiro. Até que percebeu que essas coisas, em última instância, não trazem a verdadeira felicidade e a esperança. Descobriu algo mais importante para sua vida e tomou outro rumo, abrindo mão de tudo o que o sucesso poderia lhe oferecer. Nesta entrevista, concedida a Michelson Borges, o autor do livro Livre das Garras do Sucesso (Casa Publicadora Brasileira) fala um pouco dessa experiência:
Miguel Bispo dos Santos sempre esteve muito envolvido com a música secular, especialmente do tipo rock. Vivia longe de Deus e buscava simplesmente a fama e o dinheiro. Até que percebeu que essas coisas, em última instância, não trazem a verdadeira felicidade e a esperança. Descobriu algo mais importante para sua vida e tomou outro rumo, abrindo mão de tudo o que o sucesso poderia lhe oferecer. Nesta entrevista, concedida a Michelson Borges, o autor do livro Livre das Garras do Sucesso (Casa Publicadora Brasileira) fala um pouco dessa experiência:
Fale um pouco de sua vida antes de conhecer o evangelho.
Fui criado em lar cristão e descobri desde cedo que tinha o dom de compor.
Escrevi muitas letras de músicas de diversos estilos. Dos 13 até os 18 anos,
preparei mais de 300 músicas, chegando a gravar duas fitas. As pessoas ao meu
redor acreditavam mesmo que eu teria um futuro promissor no mundo musical. E eu
também acreditei que isso era de fato importante.
Como seu interesse pela música rock foi despertado e que influência ela teve em
sua vida?
Nos anos 1980 passei a admirar a música rock’n’roll. Não o rock pesado (heavy
metal). Gostava de algumas bandas nacionais, mas nunca me identifiquei com o
tipo de admirador que se deixava influenciar, a ponto de deixar os cabelos
exageradamente crescidos, de fazer tatuagens no corpo, usar drogas, ou ser “fã
de carteirinha”. Felizmente, conseguia ter equilíbrio, discernimento e, ao
mesmo tempo, prestava atenção nas letras e não me deixava levar por suas
propostas.
Fale sobre sua conversão.
Foi algo surpreendente. Eu acreditava que um dia conheceria o infinito ou que
aceitaria a existência de um Deus poderoso, pois o pouco que aprendi na Igreja
Batista, que freqüentei por algum tempo, me ajudou a ter cuidado e direção. A
frase bíblica que mais me marcou foi: “Se Deus é por mim, quem será contra
mim?”
No fim dos anos 1980, minha vida começou a ser direcionada mais ainda para a
verdade. Lembro que, aos 13 anos, compus um louvor sobre a volta de Jesus,
depois de ter sonhado com Ele me salvando, voltando e me chamando. Com efeito,
a onisciência de Deus é real, pois está escrito: “Senhor, Tu me sondaste e me
conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu
pensamento.” Salmo 139:1 e 2. Não é da vontade de Deus que as pessoas se
percam.
Minha conversão aconteceu num momento em que eu estava com 18 anos e começava a
colher os frutos da dedicação à música popular brasileira (MPB). Fui convidado
a escrever letras de música para uma banda de rock recém-organizada e que se
preparava para gravar seu primeiro disco por uma gravadora. Foi aí que tive de
tomar uma grande decisão. Orei a Deus pedindo orientação, ou seja, se eu
deveria ou não assinar o contrato. A voz que me falou à consciência foi a
resposta de Deus: “Miguel, aqui não é o seu lugar. Eu não quero você aqui.”
Cumpriu-se, então, a Palavra do Senhor: “Vós, na verdade, intentastes o mal
contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se
conserve muita gente em vida.” Gênesis 50:20.
Depois disso, passei a procurar uma religião. E ao conhecer a verdade, fui
abordado por Satanás que tentou de tudo, desde a fama até o poder no mundo da
música, para que eu não aceitasse Jesus. Travou-se em mim a renhida batalha
entre o bem e o mal. Graças a Deus, o bem venceu!
(Para mais informações, recomendo a leitura do livro Livre das Garras do Sucesso.)
Por que o estilo de música rock é incompatível com o cristianismo?
Luz e trevas não se misturam. De 1950 para cá, se constatou que em todo o mundo
os guitarristas usam o artifício hipnotizador e ultra dançante, do sistema
chamado riff de guitarra. Com ele, as mentes são alvo fácil. Esse sistema
contribui para a popularização de vários grupos musicais e os jovens se acham
indefesos contra os efeitos dessas músicas. Em Salmo 1:1 está escrito: “Felizes
são aqueles que não se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o
exemplo dos que não querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam
de tudo o que é sagrado.”
Por que a música é tão poderosa em influenciar as pessoas, especialmente os
jovens?
O poder da música em influenciar pessoas já vem de muito tempo. Aprendemos que
Lúcifer fora regente do coro celestial até que se rebelou contra Deus, e ao ser
expulso do Céu caiu com todo o seu conhecimento. Sendo assim, só existem dois
espíritos inspiradores da música: o de Deus, Criador, e o de Satanás, criatura.
Ou seja, a música é muito mais do que aquilo que se apresenta em um
conservatório musical.
O nome rock’n’roll vem da gíria dos negros norte-americanos do início do século
20, que usavam a expressão rock’n’roll para falar do ato sexual. Ao que se
sabe, o primeiro registro musicado dessa junção erótica dos verbos to rock
(balançar) e to roll (rolar) está num blues gravado pelo cantor Trixie Smith,
em 1922, intitulado “My daddy Rocks Me (With One Steady Roll)”, que se poderia
traduzir mais ou menos assim: “Papai me balança (com um rolar ritmado)”. Essa
conotação sensual se usava nas letras de rhythm’n’blues; era uma febre dançante
dos anos 1940 que, ao quebrar a barreira racial e conquistar os adolescentes
brancos, ganhou um novo nome: rock’n’roll. Quem a batizou foi o disc jockey
(DJ) Alan Freed, principal responsável por essa popularização através de um
programa de rádio. Ele estreou em 1951 com o nome de “The Moondog House” (A
Casa do Cão-da-Lua), mas um processo do músico Louis “Moondog” Hardin, cuja
canção “Moondog Symphony” havia inspirado o apelido, levou Freed a mudar o
nome, em 1954, para “Rock’n’Roll Party” (Festa do Rock’n’Roll). Mas o certo é
que essa expressão, no entanto, já ganhara um significado mais amplo do que um
ritmo sensual, dança agitada, com batidas fortes e para ser diversão ou
entretenimento. Não seria mais apenas sexo, sexo e sexo.
Está aí a razão para que tais ritmos dominem milhões e milhões de jovens em
todo o mundo. O rock veio de fontes turvas. O que parece ser uma diversão é, na
verdade, uma profanação e idolatria.
Que critérios um cristão deve ter ao escolher que música ouvir?
Todos os que assistem à televisão, aos vídeos e aos DVDs, devem adotar o mesmo
critério. Cumpre observar o que se acha revelado em Filipenses 4:8 e 9: “Por
último, meus irmãos, encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece
elogios, isto é, tudo que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e
decente. Ponham em prática o que vocês receberam e aprenderam de mim, tanto com
as minhas palavras como com as minhas ações. E o Deus que nos dá a paz estará
com vocês.”
Por que resolveu escrever um livro contando sua experiência?
Comecei as pesquisas em 1983; iniciei as palestras em 1988, e o livro foi
lançado no ano 2000, pela Editora Tempos. Em 2003, foi editado pela Editora
Adelfo; e em 2004, pela Casa Publicadora Brasileira, que então adquiriu os
direitos de publicação. Escrevi o livro Livre das Garras do Sucesso porque, nos meus 20 anos de ministério pessoal e voluntário, vi a necessidade dos
jovens, em particular, e a carência de uma obra específica sobre o assunto, em
geral, para todos conhecerem a verdade sobre seus frágeis ídolos.
A experiência no trato com os jovens tem demonstrado que poucos deles sabem o
fim trágico que tiveram os cantores e artistas, talvez por desconhecerem com
quem estivessem lidando – o príncipe do mal. Esse inimigo tem levado muita
gente à sepultura; pessoas que, se tivessem sido alertadas com maior ênfase,
talvez ainda estivessem vivas, como eu, para testemunhar da libertação
encontrada em Jesus.
A verdadeira sabedoria é dom de Deus: “Donde, pois, vem a
sabedoria, e onde está o lugar do entendimento?”. “Só Deus conhece o caminho; só
Ele sabe onde está a sabedoria.”. “E Ele disse aos seres humanos: ‘Para ser
sábio, é preciso temer o Senhor; para ter compreensão, é necessário afastar-se
do Mal.” Jó 28:20, 23 e 28.
“Mas se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e Ele a dará porque é
generoso e dá com bondade a todos.” Tiago 1:5
Contatos com Miguel Bispo dos Santos: miguellbispo@yahoo.com.br
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