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Grupo Voces

O Grupo Voces é um projeto iniciado em 2009 por jovens cristãos de diferentes regiões da Romênia. Conheça mais uma das muitas riquezas da música sacra produzidas nesse país. Aproveite!





Música afeta as emoções

Matéria interessante sobre a musicoterapia e seus benefícios, abordando em detalhes a influência da música, em seus diferentes parâmetros, sobre nossa mente e nosso corpo. Esses efeitos são reais e comprovados cientificamente. 

Ouvimos músicas que são benéficas à nossa saúde emocional e física? Nossa vida espiritual pode ser prejudicada se apreciarmos músicas que provocam distúrbios como ansiedade, agressividade ou euforia? A música que executamos exerce essa mesma influência sobre os ouvintes? Conhecendo um pouco mais sobre o poder dos sons, poderemos refletir sobre nossas escolhas no que diz respeito às músicas que consumimos ou apresentamos. Boa leitura!


Música afeta as emoções

por: Marina Oliveira e Thaís Macena

Você já passou pela experiência de colocar um som para relaxar, depois de um dia difícil? Ou de tocar uma música agitada ao chegar na academia, na tentativa de aumentar o pique? Se já fez isso é porque percebeu que os acordes são capazes de afetar as suas emoções. 

Partindo dessa mesma premissa, surgiu a musicoterapia, cujo objetivo é pesquisar a relação do homem com os sons, para transformar esse conhecimento em métodos terapêuticos. "Já sabemos que a atividade musical envolve quase todas as regiões do cérebro", explica a musicoterapeuta Maristela Smith, fundadora e coordenadora da área de musicoterapia do Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). 

Quando uma música emociona, por exemplo, a estrutura do cerebelo – que modula a produção e a liberação dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina – é ativada, assim como a amígdala cerebelosa, a principal área do processamento emocional no córtex cerebral. Já quando acompanhamos uma canção, acessamos o hipocampo, responsável pelas memórias. 

Por isso mesmo, a música é capaz de influenciar não só o estado mental como também o físico. "O corpo tem uma tendência a seguir o ritmo ouvido, tanto em sua velocidade, quanto em sua altura e intensidade", diz Maristela. Consequentemente, os sons podem afetar as frequências cardíaca e respiratória, a pressão arterial, a contração muscular e até o ritmo do metabolismo. "Eles também podem ajudar a intensificar e a reduzir os estímulos sensoriais, como a dor", explica a musicoterapeuta. 

No combate ao câncer, por exemplo, o método já vem sendo utilizado, com bons resultados. "Nesse caso, a musicoterapia, além de trabalhar funções emocionais presentes, como a redução do estresse e da ansiedade, também contribui para o aumento dos circuitos neurais responsáveis pela diminuição da dor crônica", declara Maristela. 

Na Oncologia Pediátrica do Hospital da Criança Conceição e no Hospital São Lucas da PUC- RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), o trabalho com música rendeu uma melhoria de 74,8% no estado de ânimo das crianças hospitalizadas. 

"A música tem um enorme potencial sobre o cérebro humano, principalmente no que diz respeito ao sistema límbico, o centro de sentimento e emoções do cérebro, e ao resgate da memória", diz a musicoterapeuta Maria Helena Rockenbach, que conduziu a pesquisa. 

De acordo com o musicoterapeuta David Maldonado, que se especializou em intervenções musicais em neuropediatria pela Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), os sons também podem contribuir para fortalecer o sistema imunológico. 

"A música envolve a capacidade mental, emocional, física, social e fisiológica. Por isso, podemos recomendar a musicoterapia como coadjuvante no tratamento de quase todas as doenças", diz. 

Identidade sonora 

No cérebro, a capacidade de uma determinada música atingir uma região ou outra está vinculada com o maior ou menor prazer da audição. Por isso, antes de iniciar um processo de musicoterapia, é importante traçar a Identidade Sonora do Indivíduo, também chamada de ISO. 

"Cada pessoa tem um conjunto de sons e músicas que contam sua história, que fazem parte da sua vida. Esse conjunto é único, é como uma impressão digital. Na musicoterapia, acessamos elementos dessa identidade para resgatar situações vividas, desenvolver potenciais e dar novos significado a determinados conteúdos", explica a musicoterapeuta Luciana Frias, responsável pela implantação da Musicoterapia no IMIP (Instituto de Medicina Integral de Pernambuco). 

Essa investigação considera a música no contexto geral de vida do indivíduo e não apenas os sons que o agradam naquele momento. "A identidade sonora está intimamente ligada à história de vida, uma vez que a música perpassa toda a trajetória do ser, desde a vivência intrauterina até o seu momento final", afirma Maristela. 

Nessa pesquisa, os especialistas chegam às músicas capazes de despertar sentimentos positivos e negativos no indivíduo e, durante o tratamento, vão utilizar esses dados conforme a necessidade. 

"Pacientes epilépticos são capazes de entrar em crise se ouvirem determinados sons, assim como pacientes depressivos ou eufóricos podem agravar o quadro dependendo da música que lhes chega aos ouvidos. Por isso é tão importante que o tratamento seja sempre feito por um musicoterapeuta", explica Maristela Smith. 

O perigo da secularização


É crescente a secularização da música e de tudo o que envolve os cultos de adoração a Deus, momentos em que deve predominar somente aquilo que O agrada. Quaisquer aspectos que contribuam apenas para satisfazer as emoções do adorador hão de tornar o ambiente de adoração (igreja) mais semelhante às práticas musicais seculares (palco e plateia). Trata-se de uma questão de submissão à vontade de Deus em tudo o que diz respeito à adoração. 

O texto a seguir é o resumo de uma pesquisa realizada em março de 2014 por Jenise Torres, graduada em Letras e em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e pós-graduada em Tecnologia Educacional pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Que estes textos possam orientá-lo, trazendo respostas e fortalecendo novas decisões acerca da música que ouvimos, criamos e executamos. Boa leitura!

Secularização

por: Jenise Torres

Secularização é o processo através do qual uma pessoa, ou instituição religiosa, progressivamente adota os modelos de pensamento e de conduta do mundo. 

Estilo de vida é a forma como vivemos nossa vida cada dia. A forma como vivemos nossa vida é o que somos como pessoas. 

O estilo de vida de Jesus Cristo, registrado nos evangelhos, mostra total incompatibilidade com os padrões e as práticas da sociedade humana. A verdadeira experiência cristã é aquela que imita Jesus Cristo no estilo de viver em todas as áreas da vida, em qualquer lugar e em qualquer ocasião. 

Deveriam o gosto pessoal e os costumes culturais da sociedade ser as bases de qualquer critério para definir o que é ou não é apropriado nos cultos? 

Qual é o efeito do uso de tambores, e instrumentos assemelhados, no caráter dos cultos? Esses instrumentos contribuem para a reverência? 

A contribuição musical que os tambores podem oferecer limita-se ao reforço rítmico que gera fortes respostas corporal e emocional, porque esses instrumentos não produzem nem melodia [com exceção do tímpano e do steel drum] nem harmonia.

As igrejas que adotam o uso desses instrumentos nos cultos amadurecem espiritualmente? Ou o resultado é apenas o aumento da quantidade de pessoas nos cultos? 

Qual é o verdadeiro motivo para nos cultos serem adotados os tambores e todos os estilos musicais que os usam? Seria para criar um ambiente mais semelhante às práticas musicais seculares? A quais interesses este padrão musical secular adotado por determinadas igrejas pretende satisfazer? 

“Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens e ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos neste mundo de maneira sóbria, justa e piedosa, aguardando a bendita esperança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo, que Se entregou a Si mesmo por nós para nos remir de toda a maldade e purificar para Si um povo todo Seu, consagrado às boas obras”. Tito 2:11 a 14. 

“Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno. Eles não são do mundo, assim como Eu também não sou. Santifica-os na verdade, a Tua palavra é a verdade”. João 17: 15 a 17. 

Outros textos selecionados* para a nossa reflexão: 

“Satanás está alerta, a fim de poder encontrar a mente num momento de desatenção, e assim tomar posse dela. Não precisamos ficar ignorantes de suas estratégias, tampouco ser por elas vencidos”. (MCP, vol. 1, p. 24).

“Erros serão apresentados de maneira agradável e lisonjeira. As mais sedutoras influências serão exercidas; mentes serão hipnotizadas”. (TI, vol. 8, p. 292).

“Mas Deus terá sobre a Terra um povo que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas”. (GC, p. 595). 

“Entre os anjos não há exibições musicais tais como: movimentação física, voz áspera e estridente, uso de todo o poder e volume de voz que é possível. Isso não traz nenhuma melodia para aqueles que a ouvem na terra ou no Céu. Essa maneira não é aceitável a Deus”. (ME, vol. 3, p. 333)

“Digo a todos: Estai de sobreaviso, pois, como anjo de luz, Satanás está percorrendo todas as reuniões de obreiros cristãos, e em cada igreja procura ganhar para o seu lado os membros”. (TS, vol. 3, p. 272).

“Não permitais que vossos esforços sejam no sentido de seguir os modos do mundo, mas as maneiras de Deus. Os que, em seu trabalho para Deus, confiam em planos mundanos para obter êxito, hão de fracassar. O Senhor requer uma mudança em vossa maneira de trabalhar”. (Ev, p. 148)

"A associação com as coisas do mundo no setor musical é considerado inofensivo por alguns observadores do sábado. Tais pessoas estão, porém, em terreno perigoso. É assim que Satanás procura desviar homens e mulheres, e dessa maneira tem ganhado o controle de almas. Tão suave, tão plausível é o trabalho do inimigo que não se suspeita dos seus ardis, e muitos membros de igreja tornam-se mais amigos dos prazeres que amigos de Deus”. (ME, vol. 3, p. 332)

“Ele [Satanás] levará o maior número possível a se tornar no procedimento, semelhante ao mundo, imitando-lhe os costumes”. (CI, p. 84)

“O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruídos. Isto é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e o barulho para ser ter um carnaval, e isto será chamado de operação do Espírito Santo”. (ME, vol. 2, p. 37)

“O mesmo mal que agora existe em nossas igrejas tem existido há anos. Formalidade, orgulho e amor à ostentação têm ocupado o lugar de verdadeira piedade e humilde devoção”. (FEC, p. 253)

“O Espírito Santo nada tem que ver com tal confusão de ruído e multidão de sons. Satanás opera entre a algazarra e a confusão de tal música, a qual, devidamente dirigida, seria um louvor e glória para Deus. Ele torna seu efeito qual venenoso aguilhão da serpente”. (ME, vol. 2, p. 38)

“A movimentação física no cantar é de pouco proveito. Tudo que de algum modo está ligado com o culto religioso deve ser elevado, solene e impressivo. Notas ásperas e gesticulações exageradas não são exibidas entre os componentes do coro angelical”. (ME, vol. 3, p. 333)

“Caso estejamos realmente jornadeando [para o Céu], o espírito do Céu habitará em nosso coração aqui. Mas, se não encontrarmos prazer agora na contemplação das coisas celestiais; se não temos qualquer interesse em buscar o conhecimento de Deus, deleite algum em deter os olhos no caráter de Cristo; se a santidade não exerce a menor atração sobre nós – podemos estar certos de que é vã nossa esperança do Céu”. (VC, p. 64)

“Sua religião parece ser mais da natureza de um estimulante do que uma permanente fé em Cristo. Os verdadeiros pastores conhecem o valor da obra interior do Espírito Santo sobre o coração humano. Satisfazem-se com a simplicidade nos cultos. Em vez de dar valor ao canto popular, volvem sua atenção principalmente para o estudo da Palavra, e dão de coração louvor a Deus”. (Ev, p. 502)

“Não temos tempo agora para gastar em buscar as coisas que agradam unicamente aos sentidos”. (Ev, p. 510)

“As formas, cerimônias e realizações musicais não são a força da igreja. No entanto, estas coisas tomaram o lugar que deveria ser dado a Deus, tal como se deu no culto dos judeus”. (Ev, p. 512)

“Nada do que é sagrado, nada do que está ligado ao culto divino, deve ser tratado com negligência ou indiferença. Para que os homens possam verdadeiramente glorificar a Deus, importa que em sua associação de ideias façam distinção entre o que é sagrado e o que é profano”. (TS, p. 194)

“Há Arãos flexíveis, que ao mesmo tempo em que mantêm posições de autoridade na igreja, cederão aos desejos dos que não são consagrados, e assim os induzirão ao pecado”. (PP, p. 317)

“A menos que aos crentes sejam inculcadas ideias precisas acerca do culto verdadeiro e da verdadeira reverência para com Deus, prevalecerá entre eles a tendência para nivelar o sagrado ao comum. Tais pessoas, professando a verdade, serão uma ofensa a Deus e uma lástima para a religião”. (TS, vol.2, p. 202)

“Alguns pastores cometem o erro de pensar que o sucesso depende de arrastar uma grande congregação pelo aparato exterior, anunciando depois a mensagem da verdade em estilo teatral. Isso, porém, é empregar fogo comum, em lugar de fogo sagrado ateado por Deus. O Senhor não é glorificado por essa maneira de trabalhar. Não por meio de notícias sensacionalistas e dispendiosas exibições, que há de Sua obra ser levada a cabo, mas seguindo os métodos de Cristo”. (Ev, p. 136)

“O inimigo acompanhará de perto e aproveitará todas as vantagens que tiver das circunstâncias, a fim de rebaixar a verdade pela introdução de demonstrações indignas. Nenhuma dessas apresentações deve ser permitida. As preciosas verdades que nos foram dadas devem ser pregadas com toda a solenidade e com santa reverência”. (Ev, p. 138)

“Quando se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, perdeu o Espírito e o poder de Deus”. (EF, p. 228)

“Quando o Senhor opera mediante instrumentos humanos, quando os homens são movidos com poder do alto, Satanás leva seus agentes a exclamar: Fanatismo! e a advertir o povo a não ir a extremos”. (OE, p. 170)

“Aquele que abafa as convicções do dever pelo fato de este se achar em conflito com as tendências pessoais perderá finalmente a capacidade de discernir a verdade do erro. A pessoa se separa de Deus. Onde a verdade divina for desdenhada, a igreja será deixada em trevas, a fé e o amor esfriarão, e surgirá a dissensão”. (GC, p. 169)

"Muitos que tiveram grande luz, grandes oportunidades e toda a vantagem espiritual dão louvor a Cristo e ao mundo numa mesma expressão. Curvam-se perante Deus e Mamom. Alegram-se com os filhos do mundo não obstante declarem ser abençoados com os filhos de Deus. Desejam ter a Cristo como Salvador, mas não querem levar a cruz e tomar Seu jugo”. (TI, p. 76)

* Textos de Ellen G. White

A professora Jenise Torres organizou a coletânea No Templo Cristão, reunindo textos de diferentes autores sobre o tema da música na adoração a Deus.

Vocal Bel Canto

A música sacra produzida na Romênia nos reserva preciosos tesouros. Formado por jovens cristãos, o Grupo Vocal Bel Canto apresenta um trabalho agradável e edificante, com um excelente resultado sonoro em seus arranjos. Confira algumas de suas mais belas interpretações nos vídeos a seguir. Aproveite!










Submissão

por: Daniel Azevedo


"Ao cabo de dias trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. Atentou o Senhor para Abel e para sua oferta, mas para Caim e para sua oferta não atentou." - Gênesis 4:3 a 5. 

Quando escolhemos um presente para alguém que amamos levamos em conta os gostos ou preferências dessa pessoa. Assim, concluímos que maior será a nossa chance de agradar o outro.

Com Deus não é diferente. Através dos princípios e orientações revelados essencialmente em Sua Palavra, podemos conhecer aquilo que Lhe agrada e também a forma como Deus deseja que O adoremos, inclusive através da música.

De acordo com a Dra. Liliane Doukhan, "Precisamos reaprender como adorar. O segredo para conseguir isso é reaprender como nos ligarmos a Deus em um nível pessoal." (do artigo Como Adoraremos?, publicado em Diálogo Universitário). 

A submissão é parte importante da fé. Para agradar a Deus verdadeiramente, é preciso conhecê-Lo e submeter o nosso gosto ao Seu. Do contrário estaremos apenas satisfazendo nossas próprias paixões. À semelhança de Caim, estaremos simplesmente dando-Lhe um presente (adoração) de acordo com a nossa preferência (ou gosto musical). 

O maior exemplo de humildade e submissão à vontade do Pai é o próprio Jesus, "que, sendo em forma de Deus não teve por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se até à morte, e morte de cruz." - Filipenses 2:6 a 8.

Que possamos ser, segundo o modelo de Cristo, submissos à vontade de Deus com relação à forma de adoração e à música que contemplamos no dia a dia, morrendo para o eu e escolhendo aquilo que Lhe é agradável conforme Seus princípios nos orientam. 

"Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres." - Mateus 26:39

A música nos últimos dias I

Karl Tsatalbasidis viveu no cenário do jazz e do rock por vários anos como um baterista bem sucedido, até que foi resgatado pelos sons simples das palavras de um Carpinteiro. Depois de entregar sua vida ao Senhor, compreendeu o que significa louvar a Deus através da música. Agora ele ensina pessoas em todo o mundo acerca das verdades bíblicas a respeito da música na igreja, bem como em nossas vidas cotidianas. Sua educação musical e sua carreira fazem dele um especialista nas raízes do rock e do jazz

Neste vídeo, Karl discute em detalhes um dos assuntos mais polêmicos na igreja da atualidade. Muitos descobriram que alterar o estilo de música, em um esforço para conquistar novos membros ou mesmo para manter os membros existentes não levou suas igrejas aos resultados desejados. Há algum problema com a adoração e a música na igreja? Isso realmente importa? O que os cristãos dos últimos dias devem fazer com relação à música, se desejamos seguir completamente a vontade de Deus? Karl usa as experiências de seu passado como baterista e suas experiências pastorais, para nos dizer, com base na Bíblia, o que Deus deseja que façamos.

Karl Tsatalbasidis escreveu um livro intitulado Drums, Rock, and Worship, que explora o complexo relacionamento entre a igreja de hoje e a música moderna na adoração, especialmente a questão do uso da bateria. O uso do rock no louvor é justificável ou é um comprometimento perigoso? Um chamado à reforma, que mudará atitudes e ganhará corações a partir da história pessoal e emocionante de um conhecedor da indústria musical.








Fonte: Música Sacra e Adoração

A música e o consumo de álcool I

Matéria traduzida e publicada pelo site Música Sacra e Adoração, abordando a trágica relação entre a música e o alcoolismo. 

Música altera hábitos de consumo de bebidas

Sabia que você pode fazer uma pessoa comprar um vinho mais caro só tocando música clássica? Experimentos provam que a música faz com que as pessoas sintam como se estivessem em um comercial ou em um filme protagonizando ricos finos e esnobes, e daí pedem aquela garrafa cara para acompanhar. Faz sentido, não?

Mas não pára por aí. Em outro estudo, desta vez cego, diferentes tipos de música tocando no fundo fizeram os bebedores mudarem a forma como tinham descrito as bebidas que tomaram. Música calma levou as pessoas a avaliá-las como “suaves”, e música animada resultou em mais pessoas descrevendo as bebidas como “refrescantes”. 

Em ainda outro estudo, pesquisadores colocaram vinhos alemães e franceses em supermercados com pequenas bandeiras ao lado de cada garrafa e tocaram música internacional de fundo. Quando música alemã tocou, o percentual de vendas de vinhos alemães aumentou, e vice-versa. Pior: isso não aconteceu porque os consumidores fizeram uma associação entre a música de fundo e o país de origem do vinho, já que questionários mostraram que os clientes não se lembravam que tipo de música estava tocando no mercado, e pensavam que haviam escolhido um tipo de vinho em particular porque se sentiram desta maneira. 

Como funciona? 

Bares e casas noturnas tocam música rápida para aumentar o lucro à base de álcool. Mas outros estabelecimentos, principalmente restaurantes de luxo, preferem músicas lentas e relaxantes porque elas também podem fazer você beber mais. O ritmo da música está ligado ao nível de excitação de seu corpo, ou à “velocidade” com que o seu sistema nervoso funciona. Música rápida aumenta a excitação, e os clientes fazem tudo mais rapidamente, incluindo comer e beber. 

Por outro lado, a música mais lenta significa que você come em um ritmo mais vagaroso. Talvez você fique mais tempo no local conversando com sua companhia, e todo esse tempo significa que você vai provavelmente comprar mais bebidas. Para um restaurante que cobra altos preços por uma garrafa de vinho, isso é ótimo. 

Alguns restaurantes chegam ao ponto de adquirir uma seleção personalizada de músicas, planejada especificamente por empresas de "design sonoro", as quais escolhem as músicas com base no ritmo ou atmosfera que o restaurante está planejando alcançar. 


O violão de Marcos Lima

O CD instrumental Sob Suas Asas foi produzido por Marcos Lima, violonista conhecido no meio cristão por suas interpretações. O repertório é formado por hinos tradicionais com arranjos do próprio intérprete. Clique aqui para ouvir e obter mais informações sobre o CD.  

O vídeo a seguir, produzido pela TV Terceiro Anjo, traz o hino "Almejo o Lar" com um belíssimo arranjo para violão solo. Aproveite!





Fontainview Orchestra and Singers

Alunos da Fountainview Academy, localizada em British Columbia, Canadá, dedicam seus talentos musicais para a difusão do Evangelho. Sua música é única, pois ela serve ao propósito único de espalhar a boa notícia da próxima vinda de Cristo para aqueles que precisam ouvi-la. 

Além disso, sua música é orquestrada e arranjada pelos próprios alunos. Seus concertos e produções incluem testemunhos pessoais por parte dos jovens. A combinação de música sacra e testemunhos tem abençoado a muitos ouvintes.

Este vídeo apresenta um belíssimo arranjo para o hino "Crown Him With Many Crowns", onde podemos perceber o equilíbrio entre alegria e solenidade. Aproveite!



Mercado idiotizado I

O cantor e compositor João Alexandre anunciou, através de sua página na rede social Facebook, seu rompimento com o segmento industrial da música evangélica. Considerado alternativo por seu comportamento avesso aos esquemas das grandes gravadoras e por músicas com conteúdo mais bíblico e poético, o artista pede que não o chamem mais de “cantor gospel”. 

“Por favor, quando alguém se referir a mim ou ao meu trabalho, não utilize esta forma de me definir e nem me inclua dentro desse idiotizado mercado, pelo bem da verdadeira música cristã brasileira”, diz o texto. 

Declarando-se insatisfeito com os rumos do setor, Alexandre, que já havia protestado com sua canção É proibido pensar, lançada há alguns anos – na qual faz críticas aos modismos teológicos e à superficialidade com que o Evangelho tem sido pregado –, argumenta que o termo “gospel” ganhou conotação mercadológica baseada na fama, no dinheiro e na idolatria dos artistas do segmento, “entre outras distorções que variam conforme a conveniência dos tempos e dos bolsos, cristãos ou não”.

Fonte: Revista Cristianismo Hoje, Edição 41, Ano 7, junho/julho 2014, Seção GENTE, p. 10.

Harmony-Quartet

São raros os grupos vocais na música sacra que atingem um alto nível em afinação e entrosamento. Eis aqui uma dessas exceções. 

O vídeo a seguir traz uma linda interpretação do hino “Still, Still with Thee”, também conhecido como “Bem de Manhã”. Aproveite!








Inocência comprometida

Trechos do artigo escrito pelo educador e teólogo Claudinei Cândido Silva, que trabalha há aproximadamente trinta anos com juvenis e adolescentes; já palestrou e trabalhou em diversos países, e é atualmente missionário em Angola, África.


O poder da imagem

Segundo o filósofo norte-americano Ralph Waldo Emerson, “os olhos conversam tanto quanto as línguas que utilizamos, com a vantagem de que o dialeto ocular, embora não precise de dicionário, é entendido no mundo todo.”

De acordo com pesquisas mostradas no artigo “Linguagem Corporal”, o impacto de uma mensagem sobre o ouvinte é de:

07% palavras (o que a pessoa diz)
38% tom de voz, inflexão (a maneira como fala)
55% corpo, olhos, mãos, braços, pernas, dedos (expressão e gestos)

Segundo os autores do best-seller O Corpo Fala, Pierre Wel e Roland Tompakow, desde os tempos imemoriais, usamos símbolos-mensagens sintéticas de significado convencional. São como ferramentas especializadas que a inteligência humana cria e procura padronizar para facilitar sua própria tarefa – a imensa e incansável tarefa de compreender.

A professora Rosana Spinelli dos Santos declara: “Seu corpo é um espelho revelador do seu inconsciente, é a projeção da sua mente. Ele mostra, através de gestos inconscientes, algo que estamos sentindo, ou mesmo tentando esconder ou disfarçar, e não queremos falar.”

Jovens influenciam jovens, e há uma serie de celebridades jovens influenciando negativamente nossos jovens. Um claro exemplo é o cantor juvenil Justin Bieber, idolatrado por adolescentes do mundo inteiro, que sempre aparece nas fotos fazendo um sinal “V” na horizontal. Jovens são influenciados a seguir cegamente essas tendências, reflexo da orientação consumista de nossa sociedade em que muitas pessoas se enchem indiscriminadamente com “alimento impróprio” inferior que causa inúmeros efeitos psicológicos, bem como desordens físicas, tais como a falta de concentração e a deficiência na aprendizagem entre as crianças na escola e jovens estudantes.

A mesma atitude indiscriminada é encontrada no consumo de música inferior e prejudicial. Esse cantor teria declarado em entrevista a MTV que era mais famoso do que o próprio Deus. Esses são os exemplos da juventude. E se você perguntar a qualquer adolescente o porquê desses sinais, não vão saber o significado deles.

A influência do rock

Não é coincidência o rock ser a música preferida dos jovens e adolescentes que popularizam esses gestos; há muita coisa ruim relacionada a esse gênero musical que, infelizmente, pais e professores parecem não conhecer. Um médico, ao pesquisar por que havia tanta violência nos shows de rock, descobriu que o hormônio que uma pessoa produz e que é injetado no sangue quando se zanga é o mesmo produzido quando uma pessoa ouve rock.

O aumento do consumo de álcool e drogas entre jovens e adolescentes também está relacionado ao rock que glorifica essa abominação, tanto nas letras quanto nos estilos de vida dos astros. Um dos sintomas da falência moral da sociedade é que as crianças não têm nenhum herói saudável sendo retratado na mídia de massa. Os heróis dos adolescentes são os astros da música rock. Esses astros são literalmente o vômito de uma sociedade doente. Na realidade, alguns desses astros do rock propositadamente vomitam durante suas apresentações.

O ritmo tem o poder de influenciar psíquica e fisicamente os jovens e levá-los a fazer coisas absurdas, desde pequenos delitos a crimes hediondos. Vejamos alguns desses crimes:

- Em San Antônio, Texas, um garoto de 16 anos matou a tia a punhaladas e contou à polícia que no momento do crime estava hipnotizado pela música do Pink Floyd, não podendo sequer se lembrar do ocorrido.

- Em 12 de abril de 1985, um garoto fanático por heavy metal, de 14 anos, matou três pessoas. O garoto (que tinha tatuado um grande 666 no peito) informou estar dominado por Eddie (mascote do Iron Maiden) quando cometeu os assassinatos.

Além desses crimes, está presente também o suicídio entre jovens. Pesquisas mostram índices alarmantes concernente ao suicídio entre jovens que apreciam o rock. Vários cantores têm nas letras de suas músicas apologias ao suicídio e inúmeros “rockeiros” já foram levados aos tribunais por terem levado jovens a cometer suicídio. “Entre os anos de 1952 e 1962, o índice de suicídios aumentou 50%. Coincidência? As pesquisas já mostraram que 18% dos suicídios praticados na juventude, entre outros atos de violência, devem ser atribuídos à influência do rock’n roll. O suicídio hoje já é a terceira causa da morte de jovens e adolescentes, só perdendo para os acidentes e os homicídios.”

A influencia do rock é tão grande, que mesmo na morte, esses astros levam jovens ao suicídio, como é o caso de Michael Jackson que, em sua morte, provocou imediatamente a morte de 12 jovens. Ou o líder do Nirvana, Kurt Cobain, que cometeu suicídio, levando 68 jovens a fazerem o mesmo na mesma semana.

- Em outubro de 1984, John McCollum, de 19 anos, se matou com um tiro na cabeça enquanto ouvia “Suicide Solution” (A solução Suicida), de Ozzy Osbourne. Ele ainda estava com fones de ouvido quando o corpo foi encontrado. 

- Os pais do garoto Steve Boucher, que se suicidou com um tiro na cabeça, tentaram processar a banda AC/DC dizendo ser a música “Shoot to Thrill” a responsável. O garoto se suicidou sentado sobre um poster do AC/DC.

O significado do “V”

O “V” que para alguns significa vitória, já era usado antes que Churchil desse esse significado. O sinal “na realidade começou como um símbolo de oração satânica durante os rituais. Esse sinal foi usado por Yasser Arafat, Richard Nixon, Winston Churchill e Stewart Meacham, co-presidente do Comitê Vermelho de Nova Mobilização”. Churchill disse que o sinal representava a vitória, mas lembre-se que Churchill era alguém da “elite” que sabia algo e um maçom. Ele mais provavelmente conhecia o mal significado desse símbolo, mas tentou dar-lhe uma plástica.

Mais tarde o sinal serviu para marcar a irreverência e rebeldia dos hippies nos anos 60 e simbolizava “paz e amor”. Manifestantes anti-Vietnã utilizaram durante os anos 60, como um sinal de paz e amor. O sinal “V” é considerado rude na Itália e se você está mostrando o exterior da sua mão, então é uma forma de insulto, conforme estabelecido na Grã-Bretanha, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia.

O sinal de “V” tem uma história colorida. “V” é o sinal romano para o número cinco e Adam Weishaupt usou-o nos Illuminati para simbolizar a “Lei dos Cinco”. Mas há mais. Na Cabala, “o significado para a letra hebraica para V (Van) é ‘Unha’. Agora, ‘a Unha’ é um dos títulos secretos de Satã no interior da irmandade do satanismo. Satã está nos deixando saber que isso é um de seus sinais favoritos. Por que mais ele gosta do PENTA-grama (Penta = cinco!) e a saudação de CINCO-dedos entrelaçados usada na Maçonaria e na Bruxaria?

Os adolescentes não fazem o sinal na vertical como era feito pelos hippies significando paz e amor (sexo livre), ou por aqueles que querem dizer “V” de vitória; também não fazem com a palma da mão para fora, o que nos faz entender claramente que a mensagem não é esta: “Quando a palma da mão fica virada para dentro, o gesto torna-se grosseiro, tendo o mesmo significado que o dedo médio erguido em riste.” Com a diferença da indicação de gênero, um dedo, órgão genital masculino, e dois dedos, órgão genital feminino. Note que os dedos são abertos, para ilustrar o púbis feminino, e o sinal é feito comumente na horizontal justamente para não se confundir com os outros símbolos. Portanto, esse “V” que a maioria dos cantores faz significa vagina.

Mas e quanto aos “duckface” ou “cara de pato”? Geralmente são acompanhadas dos “Vs” cujo significado já vimos. Agora vamos observar outros aspectos da questão.

O poder sedutor da boca 

Todos sabem que os lábios de uma mulher são considerados um forte símbolo de sedução, e segundo Diane Ackermann, autora de A Natural History of Senses, “os lábios da boca nos fazem lembrar dos lábios genitais vermelhos, quando incham e se excitam, esse é o motivo, consciente ou subconsciente, para as mulheres sempre quererem que eles parecessem até mais vermelhos com o batom”. “O batom era um artifício usado pelas prostitutas que praticavam sexo oral, para se distinguir de outras. Em 1921, em Paris, pela primeira vez o batom é embalado num tubo e vendido num cartucho.”

Como se não bastasse, o vermelho também tem seu significado sexual: “O vermelho é considerado uma cor afrodisíaca feminina, ou seja, possui a capacidade de fazer com que os homens se sintam estimulados sexualmente.”

Há quem diga que o fato de a mulher umedecer os lábios, quer seja por batom, brilho ou gloss, não se trata de simples tentativa de proteger a pele, mas uma medida consciente ou subconsciente de passar mensagens subliminares, sugerindo excitação sexual. Daí o comum uso de batons por prostitutas no início do século passado. 

Segundo a ONG brasileira Safernet, órgão que combate a pornografia infantil, o Ministério Público Federal está preocupado com fotos postadas por adolescentes em sites de relacionamento. Muitas dessas fotos são sensuais. O diretor de Prevenção e Atendimento da Safernet, Rodrigo Nejm, salienta que as fotos postadas nesses sites de maneira inconsequente, “sem intenção de produzir nenhum tipo de pornografia”, podem cair nas mãos de outras pessoas, que podem tirar proveito das fotos ou utilizá-las em sites pornográficos. “Infelizmente, muitos aliciadores e muitos consumidores de pornografia infantil recebem isso como um presente e colecionam essas imagens, colocando essas imagens num contexto de pornografia infantil”, afirmou Nejm.

Influência do mal

Músicas, costumes e modismos têm sido usados pelo inimigo para destruir o que há de mais promissor na sociedade: nossas crianças e jovens. Por isso é preciso tomar muito cuidado e orientar nossos filhos, alunos, sobrinhos e amigos para que não façam parte dessa corrente do mal. Infelizmente, já passou o tempo em que nossos filhos e filhas crianças eram simples e inocentes crianças. Muito provavelmente continuam ingênuas, mas a imagem que passam pode não ser mais essa. Há forças antagônicas que querem destruir a imagem de pureza em nossas crianças, destruindo também, assim, futuro delas. Que nossas crianças sejam instruídas a parecerem puras e inocentes, se portando e se vestindo como crianças inocentes e puras. “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22:6).

Que tipo de cidadãos estamos preparando? Sentiremos orgulho de nossos filhos no futuro? “Se não governais vossos filhos e não lhes modelais o caráter de modo que correspondam aos reclamos de Deus, então quanto menos filhos houver para sofrer as conseqüências de uma educação defeituosa, tanto melhor para vós, seus pais, e melhor para a sociedade.”

Deus quer que o futuro de nossas crianças seja assegurado, e esta é nossa responsabilidade como pais e professores: proteger nossos filhos. Algumas roupas e estilos passam uma imagem muito sensual e errada dos jovens e adolescentes, e essas são captadas de diversas maneiras. E de que maneira pervertidos sexuais e desajustados vão captar essas mensagens? Podemos até achar bonito meninas se vestindo como mulheres, parece estar na moda, e meninos como integrantes de gangs, mas não iremos achar muito bonito quando algo terrível lhes acontecer. Mesmo na área da música, sabe-se que ela produz efeitos psicológicos variados. As emoções, a imaginação, as disposições podem ser induzidas e estimuladas. Conforme a música, as pessoas são afetadas para o bem ou para o mal, inclusive moral e espiritualmente.

Fonte: Criacionismo

O dilema da distração (dublado)

O vídeo a seguir, com dublagem em português, apresenta uma visão geral acerca da música utilizada no contexto da adoração a Deus. De modo abrangente e esclarecedor, o palestrante Christian Berdahl compartilha sua experiência como produtor, ator e cantor, tanto do teatro quanto da televisão, bem como de seu ministério de tempo integral na música sacra por mais de 15 anos. 







Um poder sem limites ao alcance de todos

Em seu livro Respostas Incríveis à Oração, Roger J. Morneau relata a história de um jovem que obteve vitória sobre as drogas e sobre a influência negativa de determinadas músicas, reencontrando seu caminho ao lado de Jesus Cristo. Esse foi o surpreendente resultado das orações realizadas em seu favor. Conheça o modo amoroso como o Espírito Santo tomou conta de sua vida, durante um período de afastamento e rebelião, resgatando-o do vazio de uma realidade sem Deus. 

Intercedendo pelos jovens

Foi uma surpresa triste quando soubemos, através de um antigo colega de faculdade de Robert, das mudanças quase inacreditáveis que haviam ocorrido na vida dele. Em poucos anos, ele deixou de ser um jovem que amava a Deus, e passou a ser alguém completamente dedicado ao egoísmo.

- O Robert - disse-nos o seu amigo - já não é o jovem cristão inteligente que vocês conheceram. Após a faculdade, ele encontrou um emprego que lhe trouxe prosperidade material, e, somado a isto, o salário de sua esposa lhe proporcionou uma vida confortável. Eles fizeram amizade com alguns de seus colegas de trabalho que, gradualmente, os levaram a lugares de diversão que antes não haviam conhecido. A esposa ficou fascinada com a música, e pouco depois ambos estavam ligados ao rock. Eles ocupavam o tempo de lazer com atividades que não apenas os afastavam de Deus, mas posteriormente, também um do outro. Qual dos dois largou o outro, não sei exatamente.

O amigo da faculdade acrescentou: 

- O irmão dele me disse que o Robert tem mais de mil dólares investidos em maconha e outras drogas mais pesadas que ele guarda em casa. Ele passa horas fumando maconha e adora o rock pesado. Ele até já gastou milhares de dólares num sistema de som da mais alta qualidade, para dar a impressão de estar perto do palco num concerto de rock.

Quando expressei meu desapontamento, o jovem rapaz respondeu: 

- Não se sinta sinta mal por isso. Ele tinha conhecimento de coisas melhores do que se envolver numa situação dessas. Obviamente foi uma opção dele, do contrário teria mantido distância daquilo desde o início. 

Naturalmente, imediatamente resolvi apresentar o caso de Robert perante nosso Pai celeste, numa base diária. Sabendo que o pecado só pode ser resistido e vencido somente através da força do poder da terceira pessoa da Trindade, orei para que o Espírito Santo desse ao Robert a vitória sobre a música rock, o álcool e as drogas. Obviamente, percebi que poderiam se passar anos, antes que o rapaz pudesse alcançar uma posição donde seria capaz de tomar as decisões que o levariam de volta a Deus, mas eu estava preparado para orar por ele pelo resto da minha vida.

Três anos se passaram; e um dia tive uma agradável surpresa. Encontrei Robert no campus da Union Springs Academy, enquanto frequentávamos a campal anual da Associação do Estado de Nova Iorque. No dia seguinte, tive o privilégio de ouvi-lo contar como o Espírito de Deus havia operado em seu favor. 

"Foi aproximadamente um ano atrás", ele contou, "quando comecei a notar uma mudança na maneira em que eu raciocinava em relação aos meus amigos, meu tempo livre, minhas preferências musicais, e outros aspectos da minha vida diária. Até aquele ponto, eu havia rejeitado as coisas espirituais, e por um período de cinco anos, havia me entregado a desfrutar o que o mundo chama a 'boa vida'.

"Desde o amanhecer até deitar-me, eu estava envolvido com alguma forma de satisfação própria ou vivendo na expectativa da mesma. Por exemplo, a primeira coisa que eu fazia ao levantar-me a cada manhã era colocar algumas das minhas música prediletas de rock para tocar. Havia algo nisso que preenchia um anseio interior. 

"Cada fim de semana era ocupado por uma festa muito louca, cheia de orgias, mulheres, álcool, maconha e qualquer outra coisa que servisse para animá-la. A essa altura, minha esposa e eu já havíamos nos separado, e eu estava livre para fazer o que bem desejasse. Eu adorava essa situação. Mas subitamente dei de cara com a realidade."

"Você se importaria de me contar a respeito?", perguntei.

"Mais ou menos um ano atrás, as coisas começaram a mudar. Primeiro, foi a música rock e a cerveja que perderam a graça. Uma noite, ao chegar em casa, liguei o aparelho de som, coloquei vários dos meus discos prediletos para tocarem e me sentei confortavelmente com um copo da minha cerveja preferida em uma das mãos e um jornal na outra. Tomei uns dois goles da cerveja e li por alguns minutos, mas quando tomei o terceiro gole, percebi que algo ruim havia acontecido. Aquele gole de cerveja tinha um gosto ruim. De fato, estava horrível. 

"Fui até a geladeira para pegar outra lata, e após abri-la, descobri que o gosto estava pior do que o da primeira. E a música não era a mesma - faltava alguma coisa. Não estava agradável como antes. Então verifiquei os controles do amplificador. Tudo estava no lugar certo, mas a música rock havia perdido grande parte da sua atração, e eu não conseguia descobrir qual era o elemento que estava faltando.

"Nesse momento, tocou a campainha, e ali estava o Henry, um amigão bem chegado amim. 'Henry, você chegou na hora certa. Alguma coisa estranha está acontecendo e eu não consigo decifrar o que é.’ Após derramar o restante da cerveja da lata num copo, entreguei ao Henry. Provando-a, ele disse que estava excelente. Eu lhe disse que a minha estava com um gosto estranho. 

"'Deixe-me provar a cerveja no seu copo, não acredito em você.’ Após tomar um gole, ele foi até a pia da cozinha e cuspiu. Isto está podre! Que negócio horrível, rapaz, você está com um verdadeiro problema aqui e eu não posso lhe ajudar. Não quero amedrontá-lo, mas acho que tem uma força sobrenatural operando aqui. Ah, sim, vim para tomar emprestado uma de suas ferramentas por alguns dias'".

O meu interesse na história do Robert estava naturalmente aumentando, e não pude deixar de perguntar o que ele achou do comentário do amigo com respeito ao sobrenatural.

"O meu primeiro pensamento", respondeu Robert, "foi de que alguém havia orado por mim e que o Senhor estava fazendo algo para que eu pensasse seriamente a respeito do meu estilo de vida. A experiência me assombrou e daquele dia não pude mais beber cerveja.

[...] "Perceber que Deus não me havia abandonado, apesar de eu ter desistido completamente dEle, comoveu-me e motivou-me a voltar para Ele. Daquele momento em diante, comecei a avaliar tudo o que eu estava fazendo nesta vida contra a realidade da vida eterna. Tive que fazer um retorno muito grande antes que pudesse entrar no caminho correto novamente. As drogas tinham um forte domínio sobre mim, um domínio que eu sabia não conseguir anular sozinho. Mas decidi que falaria a respeito do caso com Jesus, e seguiria onde Ele me guiasse. E Ele guiou! Hoje sou um homem livre novamente, tendo obtido vitória sobre o eu, sobre o pecado e sobre o mundo." 

Roger J. Morneau
A história de Robert fortaleceu meu ministério de oração e me ajudou a adquirir, de uma forma mais completa, algo que eu tinha almejado havia muito tempo: Uma confiança inabalável no meu Pai celeste, e no poder do Seu Santo Espírito.

Diálogo com uma professora de música no Quênia

A professora Emily Akuno nasceu no Quênia, em uma família de nove filhos. A mãe adventista influenciou sua vida demonstrando comprometimento com os valores espirituais. Toda sua formação educacional teve lugar em escolas públicas. Graduou-se em música pela Universidade Kenyatta, onde trabalha atualmente como professora de Música. Concluiu também o mestrado em Música pela Universidade Estadual do Noroeste, nos Estados Unidos, e o doutorado pela Universidade Kingston, em Londres.

Devido suas habilidades profissionais e realizações na área de música, Akuno foi eleita presidente do Festival de Música do Quênia para todas as instituições educacionais do país. Foi, também, presidente do Festival de Música e Cultura do Quênia para instituições não-acadêmicas, e presidente da Associação de Professores de Música da África Ocidental. Até recentemente, foi pró-reitora interina na Universidade Kenyatta e dirigiu o Departamento (posteriormente Instituto) de Música por vários anos na mesma instituição.

Qual foi o papel da fé e da música em sua infância?

Meu pai era policial e seu trabalho sempre o mantinha longe de casa. Portanto, fui educada pela minha mãe, membro ativa e fiel da igreja. Ela vivia sua fé e nos ensinou sobre um Deus que nos ama e cuida de nós. Minha avó materna também era adventista do sétimo dia. Passei muitas horas ao seu lado. Assim, considero-me uma adventista de terceira geração. 

Após o Ensino Fundamental, fui para uma renomada escola no Quênia. Lá, tive meu primeiro contato com a música e sua teoria como disciplina de estudo. A partir de então, meu interesse em música cresceu. Depois do Ensino Médio, estava decidida a cursar faculdade de música. Escolhi, então, a Universidade Kenyatta por seu prestigiado curso de música. Após a faculdade, fui para os Estados Unidos fazer o mestrado e, mais tarde, para a Inglaterra, cursar o doutorado.

Então, o seu interesse em música começou quando estudou nessa renomada escola secundária?

Não. Nessa escola tive contato com a música num contexto formal e acadêmico, como objeto de estudo. Anteriormente já estava envolvida com o ministério da música na minha igreja local, onde havia três corais. Cantava no primeiro coral, que seria equivalente a um coral de desbravadores, hoje. Portanto, desde os cinco anos de idade, estava envolvida no canto. Posso dizer que descobri primeiramente a música no meu lar e na minha igreja.

Sendo adventista do sétimo dia, como sua responsabilidade de ensinar música se relaciona com sua fé? 

Não vejo a música somente como música por si só, mas como um instrumento. No ambiente educacional, a música é uma ferramenta que otimiza mudanças de comportamento e ajuda na percepção de si mesmo. É uma ferramenta que muda as pessoas. Isso é um desafio para mim como adventista. Como usar esse instrumento para produzir resultados positivos? Como adventista, quero usar a música para transmitir valores corretos. Para atingir esse objetivo, uso os dons que Deus me concedeu para ensinar meus alunos de tal modo que possam fazer decisões sábias na utilização de seus talentos musicais. Minha fé também me orienta e ajuda na escolha das músicas que utilizo. Isso não significa que trabalho apenas com músicas sacras, mas deixo meus valores cristãos influenciarem minha perspectiva de música, tanto a sacra como a secular, clássica ou contemporânea.

Às vezes, a música é um tema polêmico, principalmente quando se trata de culto de adoração, tanto na Igreja Adventista do Sétimo Dia como em outras igrejas. Como profissional, que conselho daria sobre como a música deveria ser compreendida? 

Tenho três princípios. Primeiramente a música deve louvar a Deus. Davi escreveu: “Aclamai a Deus, toda a Terra” (Salmo 66:1). Ele agradeceu com música as bênçãos que Deus lhe concedeu. Portanto, a música apropriada deve ser agradável a Deus e deve louvá-Lo, sendo realizada com alegria e gratidão. Em segundo lugar, como cristãos devemos ser sábios e gentis. Amo o canto e a música, e se vou a uma igreja deficiente em música, sinto como se tivesse perdido algo em minha adoração naquele dia. Porém, os meus atos não deveriam ser uma pedra de tropeço para os outros. Sigo o conselho de Paulo de não causar o tropeço dos outros. Por último, a música é uma linguagem. Em um de meus livros, defino a música como a expressão de uma cultura. Como cristãos, nós adotamos uma cultura própria. A maioria das culturas locais, especialmente aquelas que conheço, pode não ter originalmente o conceito de um Deus no céu, mas o têm de alguma divindade a ser adorada. Agora que conhecemos o verdadeiro Deus, todos esses aspectos culturais deveriam ser submetidos ao nosso conhecimento de Deus. Utilizar músicas compostas em outra língua ou cultura pode resultar em uma conotação diferente do proposto no original. Por essa razão, incentivo a composição de músicas nas línguas nacionais, feitas principalmente por autores bem firmados no evangelho.

Sua família tem talento musical? 

De certa maneira, sim. Apesar de algumas vezes meu filho mais novo perguntar por que deveria estudar música, as informações que recebo da escola indicam que ele é bastante ativo nessa área. Meu filho mais velho estudou música até o Ensino Médio e toca saxofone, mas não faz faculdade de música. Permito meus filhos tomarem suas próprias decisões. As pesquisas indicam que a prática de música melhora a aprendizagem em outras áreas de estudo, assim como ajuda um indivíduo a ter equilíbrio emocional.

Poderia comentar sobre a vida na universidade pública onde estudou e trabalha atualmente?

A vida universitária pode ser uma grande mudança para os jovens, pois não existem mais toques de campainha, nem horários restritos de dormir, há pouca orientação sobre relacionamentos com o sexo oposto e, na maioria das vezes, você está totalmente independente. O que me ajudou foi o seguinte: ter sempre algo útil para fazer. Manter-me ocupada me afastava dos perigos da tentação. Além disso, ir à igreja cada sábado. Passávamos o dia todo na igreja estudando a Bíblia e em comunhão com os irmãos. Mantinha-nos, assim, ocupados no local certo com pessoas que possuíam valores semelhantes aos nossos. Assistir às reuniões de pôr-do-sol e outros cultos da igreja é importante. Eles podem ser vistos como rotineiros, mas nos ajudam muito no crescimento espiritual. Participar de grupos cristãos no campus também é muito bom. Isso oferece oportunidades para compartilhar sua fé e envolver-se em boas atividades. Essas atividades promovem amizades e um sistema de apoio para se manter focado nos aspectos positivos da vida. Além disso, oferecem também oportunidades para os jovens dialogarem entre si, conversarem sobre Deus e se conhecerem melhor.

Que conselho daria aos jovens interessados em estudar música? 

Comece onde você está. As igrejas locais oferecem muitas oportunidades em relação à música. Ao descobrir seus talentos e interesses, procure instituições educacionais com programas de qualidade nessas áreas. Tenha claro em sua mente a razão de querer estar envolvido com música. Vai ajudá-lo como cristão em sua responsabilidade de ser uma luz no mundo? Através da música, poderá levar luz onde há trevas? Irá exaltar a Cristo? Será um ministério para melhorar as difíceis condições sociais e espirituais, e ajudar os oprimidos? A música não deve ser um fim em si mesma, mas um meio de louvar a nosso Deus e compartilhar essa alegria com aqueles que estão ao nosso redor.

Fonte: Diálogo Universitário

Ruídos que nos cercam

Nós estamos cercados de ruídos em quase todas as áreas da vida moderna. Estamos expostos a ruídos no trabalho, na rua, provocados pelo trânsito, quando ouvimos música ou vamos para clubes noturnos, concertos com volume muito alto. 

A audição humana é delicada, complexa e fácil de ser danificada e quanto mais se encontrar exposta a ruídos mais probabilidade terá de ser prejudicada, uma vez que existe uma correlação entre ruídos em excesso e perda auditiva. 

Ruídos prejudicam seu bem-estar 

Pesquisas apontam que ruído é um grande motivo para deficiência auditiva entre adultos e a exposição a ruídos, na maior parte do dia, pode resultar em perda auditiva e tinnitus. A exposição diária a excessivos ruídos, no ambiente de trabalho, é o principal motivo de muitas causas de perda auditiva na população ativa.

Som alto de mp3 

Ouvir música de mp3 em volume alto pode colocar sua audição em risco e audição deteriorá-la com o passar do tempo. Uma pesquisa britânica revelou que de dez pessoas pesquisadas, oito não levam em consideração que elas podem ter suas audições prejudicadas ou ter tinnitus ao aumentar o volume do som. 

Os regulamentos da União Europeia têm estabelecido o limite máximo de 85 dB (decibéis) para todos os aparelhos de mp3, no entanto, níveis de som de mp3 podem atingir volume, em excesso, de 100 dB (decibéis). 

Ruídos em concertos 

Concertos podem ser uma ameaça para sua audição. Uma pesquisa que testou a audição de adolescentes antes e depois de um concerto mostrou que 72% dos adolescentes que participaram da pesquisa experimentaram redução na habilidade auditiva depois de serem expostos a concertos e 53% dos adolescentes disseram que acharam que suas audições tinham sido afetadas negativamente e 25% afirmaram que tinham experimentado tinnitus ou toque de sino no ouvido. Proteção auditiva foi oferecida aos adolescentes, mas só alguns a usaram. 

Ruídos causam perda auditiva em soldados combatentes 

Soldados combatentes podem também ser afetados com perda auditiva. Estudos mostram que mais de 12% de todos os soldados americanos retornam de conflitos ocorridos no mundo com perda auditiva. Ruídos não causam só impacto na habilidade de perda auditiva pessoal, mas pode levar a problemas de equilíbrio, dificuldade para dormir, comunicação e até mesmo elevar o risco de doenças cardíacas aumentando a pressão da pessoa, os lipídios e o açúcar no sangue. 

Paul Gilbert: Como evitar perda auditiva 

É conhecido por muitos que som alto pode prejudicar a audição. O guitarrista veterano Paul Gilbert aconselha músicos e amantes da música no sentido de evitar um tipo de perda auditiva que ele mesmo sofre. Ele elaborou uma lista de itens que que deve aconselhar outros músicos e amantes da música para fazer se eles querem conservar a audição e evitar tinnitus

Paul Gilbert que tem tocado sua guitarra horas a fio sem protetor auditivo, como resultado ele tem tido dificuldade para ouvir frequências altas, tem tido tinnitus com frequência e dificuldade para ouvir e entender o que as pessoas dizem. 

Exposição diária a ruídos 

A exposição diária a ruídos está diretamente relacionada a risco de prejuízos auditivos. Muitos países recomendam uma exposição diária de ruídos inferior a 85 dB (decibéis, que é calculada de tal maneira que 85dB representa o dobro de 82 dB (decibéis) de exposição. 

A medida diária de exposição a ruídos é uma combinação de nível de ruídos com o período de tempo em que uma pessoa está exposta a ruídos específicos.

Fonte: Hear-it.org

Há significado e forma para adoração?

Lilianne Doukhan nasceu na Suíça e começou a estudar piano aos quatro anos de idade, em Viena, Áustria. Recebeu o Primeiro Prêmio em Performance de Piano no Conservatório Nacional de Estrasburgo. Obteve um mestrado em Ciências Humanas (Universidade de Estrasburgo, França), bem como em Música (Andrews University), e possui um Ph.D. em Musicologia pela Michigan State University. Realiza palestras e oficinas de música sacra em todo o mundo, trazendo uma experiência de vida multi-cultural em seu ensino. É autora do livro In Tune with God e atua como editora de uma coleção de artigos sobre adoração.

por: Lilianne Doukhan

Como adoraremos?

Todos nós adoramos de uma maneira ou de outra. Até mesmo aqueles que não acreditam em religião adoram. Eles adoram ídolos do esporte, da música ou o dinheiro. Fomos criados para a adoração. A criação de Adão e Eva por Deus no sexto dia, o dia que precede o sábado, tem um significado teológico e sociológico profundo. O Criador pretendia que na vida dos seres humanos a adoração tivesse prioridade sobre qualquer outra atividade humana. É essa prioridade que exige dos seguidores de Deus que eles não só adorem, mas também o façam da maneira certa. O fato e modo da adoração não podem ser considerados irrelevantes. 

Qual é a forma correta de adoração? Há só uma forma ou estilo correto? As formas de adoração mudaram com o passar do tempo? Quem decide que forma ou configuração é a mais apropriada? Pondo de lado as opiniões e preferências pessoais, precisamos descobrir a resposta na Palavra de Deus.

O significado da adoração 

As Escrituras proveem-nos vários modelos de adoração. Um dos mais claros está em Isaías 6:1-8, onde o profeta relata a visão que teve de uma cena de adoração celestial. Esse texto nos apresenta um programa, até mesmo uma ordem de adoração. 

O capítulo tem início com uma visão de Deus em Seu trono celestial, uma visão de beleza, poder, majestade e reverência. Aqui aprendemos primeiramente por que prestamos culto: para responder à presença de Deus e atender Seu chamado à adoração. 

Os Salmos -- textos tradicionais de adoração e louvor de Israel -- nos ajudam a descobrir como adorar: com alegria e reverência. O tema percorre os Salmos e é expresso em frases como: "Venham! Cantemos ao Senhor com alegria! Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemo-nos diante do Senhor, o nosso Criador" (Salmo 95:1, 6).

Equilibrar alegria e reverência representa um desafio. Nos serviços de adoração, freqüentemente praticamos uma com exclusão da outra, e de algum modo não descobrimos o modo de combinar as duas. Parece difícil ser reverente e ao mesmo tempo jubiloso. Mas, isto é o que a Palavra de Deus diz que devemos fazer no culto de adoração. 

Além disso, quando vamos adorar precisamos descobrir a quem adoramos. A adoração não é algo que fazemos para nós mesmos. Ela deve ser feita para Deus e a Deus. É uma atividade centralizada em Deus, inteiramente focalizada nEle (veja Salmo 9:1 e 2). Não vamos adorar principalmente para obter bênçãos, para aprender algo ou desfrutar companheirismo. O propósito principal da adoração é ir a Deus, dar-Lhe glória e falar sobre Seus feitos. 

Adorar, portanto, é uma experiência de parceria: Deus, de um lado, inicia o chamado à adoração e o adorador responde ao chamado.

Para que a adoração tenha lugar, é preciso seja ela significativa a ambas as partes. A adoração significativa é agradável a Deus. O Salmo 19 é bem claro nesse ponto: "Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a Ti" (Salmo 19:14). Contudo, com que freqüência esforçamo-nos para agradar a congregação ao planejarmos nosso culto de adoração!

A motivação determina nosso pensamento e organização no que respeita à adoração. A primeira preocupação que devemos ter em nosso coração sempre que lidarmos com formas e formatos de adoração é: "Será que isso vai agradar a Deus?" Quando queremos agradar alguém, tentamos descobrir o que a pessoa é: Qual é o seu caráter? O que ela gosta de fazer? Como ela se relaciona conosco? Precisamos fazer as mesmas perguntas para descobrir o que vai agradar a Deus. As respostas obtidas orientarão nossa busca pelo que é apropriado na adoração. 

A adoração, porém, deve ser também significativa para o adorador. É importante descobrir se o culto de adoração é relevante para nossa congregação, isto é, se ela achará significado nele. Isso nos chama a atenção para a importância dos símbolos. Na adoração, o significado está repleto de símbolos como a Ceia do Senhor, o batismo, a leitura da Bíblia, a oração, a música, a arquitetura, etc. Todos esses são "sinais" importantes para comunicar o significado da adoração, e deveriam contribuir para que ela seja viva e relevante. 

Essa é uma tarefa difícil. E até muito mais difícil é combinar as duas coisas: o que é apropriado e a relevância. Como pode a adoração ser agradável a Deus e, ao mesmo tempo, relevante para a congregação? Como podemos combinar o elemento divino da convocação e o elemento humano da resposta em nossa experiência de adoração?

As formas de adoração

Lilianne Doukhan
O serviço de adoração diz respeito a toda a congregação e não só ao pastor. Nesse aspecto, precisamos educar nossas congregações, bem como os nossos pastores, dirigentes de culto e de música. Nossos dirigentes de culto e de música freqüentemente servem a congregação com seus talentos e sua boa intenção. Os músicos, especialmente os que são treinados em habilidades específicas, devem lembrar-se de que a adoração é um momento muito especial. Nela você não apenas "executa música". Na adoração você não apenas "interage" com a congregação. Não apenas "lê um texto". Você faz todas essas coisas na presença de Deus e para Deus.

A verdadeira adoração, em sua essência e suas formas, começa com o aprender e ensinar sobre ela. A educação, o exemplo, o aconselhamento, o preparo de líderes e da congregação são todos ingredientes nesse processo de aprendizagem.

Aprender sobre a adoração suscita perguntas importantes: Há um estilo ou formato particular que Deus mais aprecia? Há uma maneira melhor de prestar culto? Há um modo para o mundo todo adorar? A Bíblia esclarece que não é tanto o estilo ou formato da adoração em si que importa a Deus. O que Deus está buscando é a condição e a atitude do coração do adorador. A expectativa mais elevada na adoração, aos olhos de Deus, é "um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito" (Salmo 51:17). Deus não aprecia nossos sacrifícios, nossas formas de adoração, quando não encaminhamos a conversa para "praticar a justiça, amar a fidelidade, e andar humildemente com o seu Deus" (Miquéias 6:8).  

É, portanto, a transformação genuína do coração que vai garantir o formato genuíno de adoração. Qualquer formato que utilizemos será destituído de significado se não o fizermos com um coração transformado. Numa corporação global, multicultural, como a Igreja Adventista, onde quer que adoremos, os mesmos princípios devem guiar nossa compreensão do que é a adoração. Derivados da Palavra de Deus, esses princípios são imutáveis e eternos, independentemente de tempo ou lugar. A divergência está em nossas expressões de adoração, no modo como adoramos. Precisamos determinar que atitudes, moldadas por nossa cultura, expressarão melhor a reverência. Aqui a pergunta real é: "Este modo particular de expressão, dentro de dada cultura, será verdadeiramente entendido como expressando reverência a Deus?"

O mesmo é verdade com respeito à alegria. Há modos diferentes de ser alegre. Alguns saltam e gritam, outros são calmamente alegres. Qualquer que seja a cultura em que vivemos, precisamos descobrir o modo mais legítimo de expressar a alegria que procede da adoração bíblica. Que tipo de alegria deveríamos esperar desfrutar na adoração? Há diferença entre o tipo de alegria que experimentamos na adoração e a celebração que fazemos num jogo de futebol ou num evento musical? A alegria proveniente da adoração é muito especial, incomum. Ela é semelhante à nossa alegria humana, mas também muito diferente. O relato feito por Neemias sobre a dedicação dos muros de Jerusalém após o retorno de Israel do exílio, diz que eles estavam contentes "porque Deus os enchera de grande alegria" (Neemias 12:43). Assim, a alegria na adoração é um contentamento concedido por Deus, o resultado de nosso encontro com Ele e daquilo que Ele fez por nós. Nossa busca dessa alegria concedida por Ele é muito importante porque ela amoldará nossas expressões de adoração: a maneira como nos comportamos durante o serviço de adoração, a música que executamos e como executamos essa música. 

Uma das difíceis realidades da adoração é que ela traz consigo uma tensão, como podemos notar, entre o participante humano e o participante divino; entre as expressões de alegria e reverência, e entre o que é apropriado e o que é relevante. Essa é uma tensão saudável porque constantemente nos desafia em nossa adoração. Ela requer que não poupemos esforços para encontrar um equilíbrio sadio entre os dois elementos. Essa tarefa não pode ser feita por uma única pessoa; ela envolve toda a congregação para assegurar que nossa adoração seja agradável a Deus. 

Sob a perspectiva dessa tensão, qualquer discussão sobre formas e formatos de adoração toma uma nova direção. A questão não é mais escolher entre estilos -- o que poderia significar que há alguns estilos melhores do que outros -- mas fazer escolhas dentro de um determinado estilo. Uma multiplicidade de estilos e adoração está disponível e dentro de cada estilo devemos escolher os elementos que adequadamente transmitem os verdadeiros valores da adoração.

Formas e formatos não são a meta ou o propósito da adoração. Eles são agora resultados e conseqüências de nossa reflexão sobre adoração. A essa altura, novas perguntas surgirão e orientarão nossa busca da verdadeira adoração:

  • Como podemos captar o senso de santidade na adoração? 
  • Como podemos moldar o serviço de adoração, de forma que o adorador seja conduzido a concentrar-se em Deus, em vez de na música ou na pregação? 
  • Como podemos expressar alegria e reverência na adoração e manter o equilíbrio entre as duas? 
  • Que expressões de adoração podem ajudar os membros da congregação a se tornarem melhores praticantes de sua fé, ou seja, exercer misericórdia e justiça, os sinais da verdadeira adoração? 
  • Como o serviço de adoração pode comunicar nossa mensagem ao mundo? 

Precisamos reaprender como adorar. O segredo para conseguir isso é reaprender como nos ligarmos a Deus em um nível pessoal. A adoração corporativa principia no nível pessoal. À medida que aprendermos a conhecê-Lo melhor e como nos aproximarmos dEle, à medida que aprendermos a maneira de nos dirigirmos a Ele e de nos relacionarmos com nossos companheiros de adoração, descobriremos como tornar nosso serviço de adoração mais significativo. 

Fonte: Diálogo Universitário.

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